flipped classroom

A sala de aula invertida (flipped classroom) é uma metodologia de ensino que inverte o processo de aprendizagem tradicional do aluno: a aquisição do conhecimento não acontece apenas em aulas expositivas na escola, mas também fora dela, com a ajuda de recursos tecnológicos. Antes da aula, o estudante pode ter contato com o conteúdo em casa. Assim, o tempo na escola é usado para aprofundar conceitos, tirar dúvidas e realizar exercícios e atividades práticas. Desde os anos 1990 pesquisadores estudam o método, mas foi em 2007 que o conceito se popularizou com os professores norte-americanos Aaron Sams e Jon Bergmann. Os dois começaram a gravar vídeos de suas aulas de química em PowerPoint, incluindo voz e animações e a disponibilizar o material na internet para os alunos que faltavam. As aulas ficaram populares no YouTube e eram acessadas por gente de todo os EUA. A partir daí, os professores começaram a participar de palestras e a disseminar o movimento do flipped learning. Vídeos, podcasts e blogs são alguns dos recursos que podem ser utilizados na sala de aula invertida. Com uma conexão à internet, o aluno pode acessá-los em computadores, tablets e celulares na escola ou em casa. O educador pode criar vídeo-aulas com programas de screencasts (softwares de captura de tela) ou selecionar vídeos e palestras da internet. A recomendação é que o vídeo seja focado em um único tema, com explicações curtas e objetivas, de 8 a 12 minutos. O vídeo também pode trazer perguntas-chaves para o aluno responder quando retornar à aula.

Na sala de aula invertida, o aluno se responsabiliza pelo seu próprio aprendizado. Como assim? Ao assistir vídeos, ele pode pausar e repetir o conteúdo de acordo com seu ritmo e compreensão. Os estudantes que aprenderam rapidamente os conceitos não perdem tempo com explicações do professor e podem fazer mais exercícios. Na sala de aula, os professores atendem os alunos de forma individual e em grupo, transformando a aula em uma conversa, mudando o layout tradicional das cadeiras enfileiradas. Os vídeos também ajudam quem precisou faltar e precisa de aulas de reposição. 

Sala de aula tradicional: leitura e explicação do professor, com pouco tempo para exercícios.
Sala de Aula invertida: realização de atividades e exercícios em grupo e atendimento do professor.

Os alunos estudam em casa e respondem aos exercícios em sala de aula. Na sala de aula invertida, as redes sociais não se limitam ao Facebook e ao compartilhamento de fotos. Estudantes podem usar ferramentas com chat, blogs da turma, sites wiki, pesquisas e projetos colaborativos que podem ser transformados em um site feito tanto pelo professor quanto pelos alunos. O Khan Academy, YouTube EDU, TED Talks e edX, são exemplos de vídeos que possibilitam a sala de aula invertida. Segundo uma pesquisa de 2012 feita pela organização Flipped Learning, que reúne professores que são adeptos da sala de aula invertida, ciências (46%) e matemática (32%) são as matérias mais adaptadas para esse método. Um dos motivos é que são matérias cujas demonstrações práticas são mais fáceis na sala de aula. Sendo assim, toda a parte teórica é feita em casa e com os materiais de apoio. Como a sala de aula invertida "libera" mais tempo, os exercícios em classe e os trabalhos práticos com o apoio direto do professor são fundamentais e têm a atenção individual a cada aluno. Durante a aula, além de exercícios, o professor também pode aumentar a experiência de aprendizado de formas criativas utilizando recursos como jogos, atividades artísticas, aplicativos do celular e recursos multimídia como suporte.

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